Eu não tinha este rosto de hoje, assim calmo, assim triste, nem estes olhos tão vazios, nem os lábios amargos. Eu não tinha estas mãos sem força, tão paradas, frias e mortas. Eu não tinha este coração que nem se mostra. Eu não dei por esta mudança, tão simples, tão certa, tão fácil. Tristeza invade o meu corpo, invade o meu ser. Tristeza é quando chove, quando está calor demais, quando o corpo dói e os olhos pesam. Tristeza é quando se dorme pouco, quando a voz sai fraca, quando não há palavras e o corpo desobedece. Tristeza é quando não se acha graça, quando não se sente fome, quando qualquer estupidez nos faz chorar. Tristeza é quando parece que nunca irá acabar. O silêncio da noite é meu refugio, sou filha da escuridão, sou uma criança perdida e tristes. Já não sinto mais nada, somente medo. Cai a noite, e as luzes se apagam, e leva junto com elas o brilho dos meus olhos, olhos tristes, prontos para qualquer momento deixar cair uma lágrima, uma lágrima salgada, amarga... Uma lágrima onde estão estampada todas as minhas desilusões, todo meu desprezo por uma vida sem lógica. Por uma vida que me vai matando aos poucos. PARABÉNS CONSEGUIRAM. DESTRUÍRAM-ME!
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